“Os dois partidos têm muito a crescer” – foi isso o que disse o governador Gladson Cameli (PP) em entrevista exclusiva ao ContilNet nesta quinta-feira (24), sobre a federação do Progressistas com o União Brasil, em nível nacional, que deve ser oficializada na próxima terça-feira (30), como adiantou o jornalista Tião Maia em reportagem publicada também nesta quinta, em nosso site.
Com a união, o comando do grupo no Acre fica sob a responsabilidade do governador Gladson Cameli. O mesmo acontece em outros estados em que o PP tem governadores eleitos.
“Realmente, essa é uma decisão que a nacional tomou. Onde o PP tem governador, o grupo fica sob o comando dele. No caso do Acre, sou eu. Os dois têm muito o que crescer”, afirmou o chefe do Executivo, que vai comandar, inclusive, as discussões sobre as eleições de 2026.
Gladson fez questão de afirmar que o nome de Mailza é a aposta do grupo para a disputa ao Governo.
“O nome da Mailza continua firme. Isso, inclusive, foi confirmado na reunião com os deputados federais e a presidência do PP em Brasília. Eles podem confirmar isso”, acrescentou o governador.
Num páreo já antecipado dessa luta pelo Palácio Rio Branco, o senador Alan Rick, que atualmente faz parte do quadro do UB, também colocou seu nome à disposição, mas deve ter o plano de se candidatar pelo partido frustrado, já que Mailza é a escolhida de Gladson e do grupo que está prestes a se coalizar. Ainda assim, Cameli disse que há espaço para o senador e que já havia o alertado sobre essa situação que está prestes a se concretizar.
“Há espaço para todo mundo. Não tem esse negócio de imposição. Inclusive, eu já havia alertado para ele [Alan Rick] lá atrás, quando vi esses rumores [sobre a federação], mas não posso obrigar ninguém a entender”, explicou.
E o nome do prefeito Tião Bocalom?
Gladson também foi questionado sobre a possível candidatura do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que disse estar pronto para a missão “se a direita quiser”.
“Eu sou muito sincero. Bocalom nunca conversou comigo sobre esse interesse de ser candidato, e todo mundo sabe qual é a minha posição: eu tenho uma vice-governadora que assumirá o Governo. Eu trabalho com o plano A, que é ela. Agora, lógico, na política a gente nunca pode dizer ‘dessa água não beberei’ [risos]. Eu não estou dizendo isso”, afirmou.
“Todo mundo tem que estar unido num propósito só. Todo mundo tem que ter um sentimento de renúncia, se houver algum risco ou chance de não ter êxito. O meu foco mesmo é o executar deste ano”, acrescentou.
Se lá na frente as pesquisas apontarem para um outro candidato além da Mailza, Gladson afirmou ser possível uma mudança de plano, mas reforçou o direito que tem a vice-governadora de ser candidata.
“Sim, tudo é possível. Como eu vou dar murro em ponta de faca? É aquela resposta que te dei: como vou convencer a não ser candidata se ela vai estar na cadeira de governadora? Tem muita água para rolar por debaixo da ponte”, finalizou.