12 de junho de 2025

Bittar critica TCE por pedir afastamento de Aberson e diz que órgão não conhece a realidade da Amazônia

Ele também criticou a falta de compreensão da realidade amazônica por parte da imprensa nacional

O senador Márcio Bittar (União Brasil) criticou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público de Contas após o pedido de afastamento do secretário de Educação, Aberson Carvalho, motivado pelas condições da escola do Limoeiro, localizada na zona rural do município de Bujari. O caso ganhou repercussão nacional após reportagem exibida no programa Fantástico, da TV Globo, no domingo (8).

Durante pronunciamento, Bittar classificou o pedido de afastamento como uma “interferência indevida” e afirmou que os órgãos de controle não foram eleitos para governar o estado.

O senador apontou ainda as dificuldades logísticas da região como fator determinante para a situação da escola/ Foto: Reprodução

“O Ministério Público, com todo respeito, não foi eleito para governar. O Tribunal de Contas do Estado também não. Estou aqui para apoiar a decisão do governo de manter o secretário”, declarou.

O senador apontou ainda as dificuldades logísticas da região como fator determinante para a situação da escola. “Esse ramal tem 143 km de extensão e é intrafegável. Uma Toyota 4×4 enviada para levar uma geladeira atolou no caminho. Bem-vindos à Amazônia”, disse.

Ele também criticou a falta de compreensão da realidade amazônica por parte da imprensa nacional: “Rede Globo, bem-vinda à Amazônia real. Quem não conhece, não entende a nossa realidade”.

Segundo Bittar, a criação da unidade escolar improvisada atendeu a um pedido da própria comunidade, para evitar o deslocamento diário de crianças por áreas de difícil o. “Se for para afastar o secretário porque escola na zona rural não tem água encanada, não sobra nenhum na Amazônia. A realidade do interior do Acre é a mesma do Amazonas, ou até pior”.

A Escola Estadual Rural Limoeiro foi tema de reportagem que mostrou estudantes tendo aula em instalações improvisadas. O caso levou o Ministério Público do Acre a instaurar, ainda em janeiro, procedimento investigativo. Uma nova unidade escolar está em fase final de construção e deve ser entregue em até 40 dias, segundo a Secretaria de Estado de Educação (SEE).

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