“Mudanças climáticas ameaçam o futuro”: alerta Marina em vídeo sobre o Dia do Meio Ambiente

Apesar dos progressos, a ministra reconheceu que ainda há muito a ser feito

Em mensagem divulgada nesta quinta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reafirmou o compromisso do governo federal com a defesa da vida e o enfrentamento da crise climática. A data, criada há mais de 50 anos pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi lembrada pela ministra como um chamado à mobilização global em prol da preservação da natureza.

Marina destacou que a humanidade vive um momento crítico, com as mudanças climáticas provocando secas, inundações, ondas de calor e incêndios que ameaçam a segurança alimentar, a saúde e a moradia de milhões de pessoas no Brasil e no mundo. “O consumo excessivo de combustíveis fósseis e a degradação ambiental colocam em risco o nosso futuro”, alertou.

A ministra reforçou que é possível promover o desenvolvimento sustentável com justiça social/ Foto: Reprodução

Segundo a ministra, o governo brasileiro tem atuado com firmeza, orientado pela ciência e pela justiça social, para mitigar esses impactos. Ela ressaltou que, nos dois primeiros anos da atual gestão, o país conseguiu reduzir em quase 50% o desmatamento na Amazônia e em 32% no restante do território nacional. Esse resultado, de acordo com Marina, só foi possível graças ao fortalecimento da fiscalização e do combate aos crimes ambientais, com atuação conjunta de órgãos como IBAMA, ICMBio e Polícia Federal, além de parcerias com estados, municípios e comunidades locais.

Entre as ações destacadas pela ministra estão a retomada da criação de reservas ambientais, a demarcação de terras indígenas e quilombolas, e a implementação do Plano Clima, que estabelece metas claras e ambiciosas para conter o aquecimento global. Esses avanços, afirmou Marina, ampliaram a credibilidade do Brasil na agenda ambiental internacional, atraindo novos investimentos para o Fundo Amazônia e o Fundo Clima — atualmente, duas das principais fontes de financiamento para a transição ecológica do país.

Apesar dos progressos, a ministra reconheceu que ainda há muito a ser feito. “Precisamos aprimorar nossas políticas públicas e nossa legislação ambiental, mas sem permitir retrocessos que comprometam décadas de esforço da sociedade brasileira, responsável por construir uma das legislações ambientais mais completas e bem avaliadas do mundo”, afirmou. Marina fez um apelo para que não se enfraqueçam as regras ambientais sob o argumento de agilizar processos, sobretudo num momento em que o desequilíbrio ecológico exige ainda mais responsabilidade.

A ministra reforçou que é possível promover o desenvolvimento sustentável com justiça social, ampliando o o à infraestrutura, recuperando áreas degradadas e impulsionando a prosperidade com a floresta em pé, investindo em energias limpas e no uso responsável da água e do solo. “Nosso país tem tudo para liderar esse processo, pautado no diálogo, na ciência e nos saberes milenares dos povos indígenas e comunidades tradicionais, comprometido com as gerações de hoje e de amanhã”, declarou.

Marina também lembrou que o Brasil se prepara para sediar, em novembro de 2025, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em Belém do Pará. Segundo ela, o evento será um “chamamento para um grande mutirão global” em prol da implementação dos compromissos assumidos na Convenção do Clima.

“Preservar o meio ambiente é preservar a vida. Este é um dever de todos: governos, empresas, comunidades e cidadãos. Nosso tempo é agora”, finalizou a ministra, convocando a sociedade a reforçar a ação em defesa do planeta.

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